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Uma análise mais profunda sobre as competências da BNCC

Uma análise mais profunda sobre as competências da BNCC

Pela primeira vez o Brasil buscou uma base que define o conjunto de aprendizagens essenciais na qual todos os estudantes têm direito na Educação Básica.

Pela primeira vez, realmente nos preocupamos com as habilidades e competências socioemocionais como fator de diferenciação na formação integral dos alunos.

O século XXI tem demandado novas abordagens do processo de aprendizagem, e cada vez mais, nossas crianças e adolescentes vão precisar aprender a colaborar, a exercitar a criatividade, o pensamento crítico, a solução de problemas, a participação cidadã, ser produtivo e responsável.

Base Nacional Comum Curricular é onde gostaríamos de chegar e os currículos são o caminho a ser percorrido. A Base será referência obrigatória para a elaboração dos currículos nos estados, nos municípios, na rede federal e nas escolas particulares. A Base não impede que escolas e redes de ensino diversifiquem seus currículos, acrescentando conteúdos e competências não previstos na Base. O mesmo vale para contextualizações regionais, que tendem a variar de uma Unidade da Federação para outra e estas são bem-vindas.

As 10 Competências gerais que todo aluno deve desenvolver:

Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social e cultural para entender e explicar a realidade, colaborando para a construção de uma sociedade solidária;

Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e inventar soluções;

Desenvolver o senso estético para reconhecer, valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais;

Utilizar conhecimentos das linguagens: verbal, matemática, científica, tecnológica e digital para expressar-se e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos;

Utilizar tecnologias digitais de comunicação e informação de forma crítica ao se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos e resolver problemas.

Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao seu projeto de vida;

Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta;

Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas e com a pressão do grupo;

Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos;

Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões, com base nos conhecimentos construídos na escola, segundo princípios éticos democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

Sem dúvidas, as competências socioemocionais citadas nos itens 8, 9 e 10 são explícitas como balizador para as escolas compreenderem a importância e as diferenças que essas habilidades proporcionam ao longo do desenvolvimento do estudante.